Mais de 100 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no RJ em 2024, diz governo
Desde o começo de 2024, 100 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pela chuva no RJ. Desse total, 27 mil estão desalojadas e outras 927 estão desabrigadas.
Esses são dados repassados por 14 das 92 prefeituras no estado. A Baixada Fluminense é a região mais castigada, com 2 tempestades na mesma semana.
Depois de uma terça-feira (23) muito chuvosa, esta quarta-feira (24) será igualmente de tempo instável, com possibilidade de pancadas moderadas a qualquer hora.
Por conta dos temporais, duas pessoas estão desaparecidas após serem arrastadas pela chuva. Ao todo, neste ano, 12 pessoas morreram por conta dos temporais.
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Pessoas ficam ilhadas por conta da chuva na Baixada Fluminense — Foto: Reprodução/TV Globo
Os dados de pessoas desalojadas e desabrigadas se referem às seguintes cidades:
Bairro Amapá, em Duque de Caxias, ficou debaixo d'água — Foto: Reprodução
Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, mais de 29 mil refeições e 20 mil itens de primeira necessidade foram distribuídos.
A Defesa Civil estadual informou que segue monitorando as precipitações em todo o estado e atuando para prevenir e minimizar quaisquer danos.
Carro em que estava uma das vítimas arrastada pela chuva; mulher é procurada — Foto: Reprodução/TV Globo
Temporal em Belford Roxo
Uma forte chuva atingiu a cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nesta terça (23). Por conta disso, o nível do Rio Botas voltou a subir. Há duas semanas uma mulher caiu no rio e desapareceu. O Corpo de Bombeiros segue nas buscas.
Mais de 10 dias após a primeira tempestade, ainda é possível ver muito lixo nas margens e nas ruas que dão no Rio Botas.
Rio Botas que corta o bairro Parque São Bernardo, em Belford Roxo — Foto: Reprodução/TV Globo
Morador do bairro São Bernardo, Lucas Silva conta que há anos o rio transborda e a população convive com os problemas causados pelas tempestades.
"Quando o tempo fecha, ninguém dorme, porque a qualquer hora o rio transborda e prejudica todo mundo. A água sobe de uma maneira que ninguém entende. Nos últimos dias tem sido muito difícil porque a água entra nas casas, a gente lava, depois ela entra novamente e tem que lavar. Até melhorar, a gente não sabe o que vai acontecer. Graças a Deus eles estão dragando, porque não dá para viver aqui desse jeito. Todo o bairro do Babi, Amapá está alagado. Choveu em Nova Iguaçu, aqui alaga (no bairro São Bernardo)".
A dona de casa Maria Moura conta que os moradores temem novos alagamentos.
"A situação de todos os moradores é precária. O rio alaga e enche muito. [Quando chove] a gente não sabe o que é rua e o que é rio. A água chega em cima das coisas. Quando o tempo munda, as pessoas já ficam apreensivas, tremendo, com medo. É horrível".